quinta-feira, 31 de outubro de 2013

TALENTO DE 9 ANOS CANTA ÓPERA " O MIO BABBINA CARO " DE PUCCINI - VERSÃO COMPLETA

MOSCAVIDE E PORTELA 2013 - APRESENTAÇÃO DE CONTAS DE LIQUIDAÇÃO DAS FREGUESIAS EXTINTAS




 

 " 2 - As contas referidas em 1 deverão ser elaboradas pelos membros da junta de freguesia a extinguir e aprovadas até à data da sua extinção (data das eleições autárquicas)."

 

é o que diz o esclarecimento do Tribunal de Contas datado de 12 de Agosto de 2013, o qual pode ser lido na íntegra no link que se segue:

 


 

Pelo que:

 

a ter sido cumprida a resolução do Tribunal de Contas, os executivos das Juntas de Freguesia extintas terão concluído a aprovação das contas de liquidação das suas freguesias, há já cerca de um mês.

 

Julgamos que já passou tempo suficiente para que as ex-juntas de Moscavide e da Portela publiquem nos respectivos 'sites', como é seu dever legal, as referidas contas.

 

Loures County Stories

Zeferino Dias

 

MOSCAVIDE DE OUTROS TEMPOS - UM DOCUMENTO, UMA RELÍQUIA!

"TRIBUNAL CONSTITUCIONAL FEZ MAIS PELA RETOMA DO QUE ÚLTIMAS MEDIDAS DO GOVERNO"

"TC fez mais pela retoma do que últimas medidas do Governo" 

Em entrevista ao Económico TV, Luís Campos e Cunha diz que os cortes não resultam de qualquer , estratégia do Executivo.  




                                                               

Em entrevista ao Económico TV, Luís Campos e Cunha diz que os cortes não resultam de qualquer , estratégia do Executivo.
 


Margarida Peixoto

Para Luís Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças do primeiro Governo de Sócrates, o Tribunal Constitucional já fez mais pela retoma da economia, do que as últimas medidas do Governo. O economista explica que quando o Tribunal traçou algumas "linhas vermelhas", deu certezas às famílias e às empresas que lhes permitiram, apesar de tudo, tomar algumas decisões de consumo e investimento.

"Repare que há ligeiríssimos sinais de retoma e curiosamente coincidem com meses depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter chumbado uma série de medidas do Governo", notou o ex-ministro das Finanças, em entrevista ao Etv. "O TC estabeleceu linhas vermelhas que o Governo não podia ultrapassar. E isso dá confiança aos agentes económicos, seja enquanto pais de uma criança, seja enquanto investidores e criadores de emprego", explicou. "Portanto, nesse aspecto, fez mais para a retoma do País do que provavelmente as últimas medidas do Governo", concretizou.

Para o economista, a Constituição portuguesa não é das mais rígidas da Europa. A Alemanha, por exemplo, considera as pensões como "direitos de propriedade", exemplificou Campos e Cunha, acrescentando que, seja como for, os cortes anunciados pelo Executivo "não têm nada a ver com a sustentabilidade do sistema". O ex-ministro diz que o Governo está a cortar "sem estratégia" e nota que tal como estão a ser aplicados, estes cortes assemelham-se economicamente a mais impostos. "No fundo, são equivalentes matemática e economicamente, não contabilisticamente, a um imposto especial para os reformados e para os funcionários públicos", garantiu.
Para dar a volta à crise, Campos e Cunha só vê uma saída no médio/longo prazo: "A reforma do sistema político". O professor diz que "a política é forte com os fracos e fraca em relação aos fortes" e por isso é que é necessário reformar o sistema em dois pontos-chave: "A reforma do sistema eleitoral e o financiamento dos partidos".

Por um lado, é através do financiamento que "os grandes interesses influenciam os partidos e a política". Por outro, "as pessoas votam em pessoas eventualmenteapoiadas por' partidos - mas votam em pessoas e não necessariamente sem saber quem é que lá está", acrescentou. É por isso que "é importante ter pessoas credíveis e mais qualidade nos agentes políticos".


 

Diário Económico 2013.10.29

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

LOURES 2013 - JERÓNIMO DE SOUSA EXPLICA COLIGAÇÃO COM PSD EM LOURES " EM NOME DAS PIOPULAÇÕES"

O líder comunista legitimou esta quarta-feira a coligação autárquica em Loures, entre o PCP e o PSD, "em nome das populações", já que os socialistas "agiram como se não tivesse havido eleições".

"O nosso objectivo principal é servir as populações que nos elegeram, tanto em maioria como em minoria. Em Loures, o que a CDU [Coligação Democrática Unitária] fez foi propor ao PS que assumisse responsabilidades, pelouros, e até tempo para exercício da vereação. Agiram como se não tivesse havido eleições. O PS não aceitou e só lhe faltava pedir a presidência da câmara, mas isso era demasiado escandaloso", explicou, numa sessão de esclarecimento, em Alverca.

Bernardino Soares, ex-líder da bancada parlamentar do PCP ganhou a presidência da câmara de Loures nas eleições de 29 de Setembro, pondo fim a uma gestão de 12 anos do PS.

Na segunda-feira, Bernardino Soares chegou a um acordo com o social-democrata Fernando Costa, antigo presidente da câmara municipal das Caldas da Rainha, com o objectivo de garantir "estabilidade governativa" em Loures.

"Chegámos a acordo com o PSD, como fizemos com o PS em Sintra e noutros sítios. Não perdemos os nossos princípios, mas, no que diz respeito às autarquias, estamos sempre dispostos a dar o nosso melhor pelas pessoas que confiaram em nós", disse ainda o líder comunista.
(Jornal de Negócios online)

FREGUESIA DE MOSCAVIDE E PORTELA- 11 NOV 2013- FESTA DOS AVÓS , ARRAIAL DE S.MARTINHO

                       

PCP DIVULGA 12 MEDIDAS ALTERNATIVAS AO OE A PARTIR DE HOJE

 
O Partido Comunista Português (PCP) inicia hoje uma série de acções de proximidade com a população para divulgar 12 medidas alternativas ao Orçamento do Estado para 2014 (OE2014) proposto pelo Governo da maioria PSD/CDS-PP."[É] uma chamada de atenção relativamente às mentiras que são utilizadas e que baseiam a política do Governo, com as quais se procura chantagear as pessoas para que aceitem todos os assaltos, todos os roubos, todos os cortes que vão sendo efectuados", disse à Lusa o líder parlamentar comunista João Oliveira.
O deputado do PCP, juntamente com os parlamentares do PCP Bruno Dias e David Costa, vai inaugurar estas iniciativas, a partir das 8:30, junto ao Cais do Sodré, estando ainda previstas, entre outras, uma acção semelhante para a rotunda da Boavista, no Porto, pelas 18:00.
"No fundo, um contacto directo para esclarecimento e mobilização das pessoas relativamente àquilo em que se traduz o Orçamento do Estado, em relação ao que contém em termos de opções políticas e consequências para a vida das pessoas", continuou João Oliveira.
Para o deputado comunista, tem que se "afirmar que há alternativa e que o PCP tem um conjunto de propostas que consubstanciam essa alternativa".
"Talvez haja dois elementos que sejam de particular acuidade. Por exemplo, as questões relacionadas com a necessidade de apoiar, estimular e desenvolver a produção nacional em rotura com aquela perspectiva de dependência e endividamento externos, tal como as propostas relacionadas com a distribuição de rendimentos e a valorização do trabalho e dos trabalhadores, nomeadamente por via da valorização dos salários", especificou.
O PCP apresentou na semana passada um conjunto de três propostas para reduzir a despesa do Estado em 2014 num montante de até 8,6 mil milhões de euros, ainda antes de o primeiro-ministro, Passos Coelho, ter sugerido na terça-feira que a oposição apresentasse um OE2014 "alternativo" desde que respeite a meta do défice de quatro por cento.
O conjunto de 12 propostas comunistas para uma "política patriótica e de esquerda" assenta em cinco eixos: "rejeição do pacto de agressão" (memorando de entendimento com a 'troika'), "promoção e desenvolvimento da produção e da riqueza nacionais" e a "alteração radical das políticas financeiras e fiscal", com vista à "recuperação pelo Estado do comando democrático da economia" e "libertação do país das imposições supranacionais".
O PCP avança com a necessidade de "aumento dos salários", "aumento das pensões de reforma", "alargamento do acesso ao subsídio de desemprego", "reposição do abono de família", "congelamento do preço dos transportes", "imposição dos preços regulados dos combustíveis", bem como o "estabelecimento de um preço máximo para 2014 num conjunto de bens essenciais básicos alimentares e de higiene".
Do rol de alternativas constam ainda "congelamentos dos preços de serviços essenciais", "congelamento dos aumentos das portagens e eliminação das portagens SCUT", "revogação da nova lei do arrendamento", "reposição do valor das taxas moderadoras" e "reforço da acção social escolar".
Lusa/SOL

ATÉ A ESCRAVATURA TINHA VANTAGENS

ATÉ A ESCRAVATURA TINHA VANTAGENS
ATÉ A ESCRAVATURA TINHA VANTAGENS

(Nota RiseUp » INCRÍVEL ! Existem coisas escritas por quem até devia ter a obrigação de ter mais formação que os outros que são realmente de brandar aos céus. Publicitar a precariedade e a exploração laboral como vantajosa para quem é explorado. VERGONHA)

O Expresso publicou um artigo sobre as vantagens de um estágio não remunerado. » http://tiny.cc/ohjq5w


Narra a jornalista Maria Martins, num discurso positivo e entusiasmante, tipo televendas, que, entre outros aspectos, um estágio destes torna o estagiários "mais responsável", dá-lhe "melhor imagem" e proporciona-lhe uma experiência que "não tem preço". 

Quanto à perversão que isto representa, nem uma palavra. É este o discurso que vai grassando por aí, como cogumelos venenosos no bosque. Por trás de um estágio não remunerado está alguém que, pior do que não ser remunerado, paga para trabalhar e (sobre)vive privado de sustento. Está também um patrão que beneficia de mão de obra pela qual não paga, o que pode, em última análise, dispensar que contrate alguém. 

O vangloriar de soluções destas é um retrocesso civilizacional. Uma jornalista, parte de uma das classes mais exploradas nos dias que correm, devia pensar meia dúzia de vezes antes de fazer um texto daquele género.

Os escravos e as escravas, noutros séculos, também tinham vantagens: eram mais vigorosos fisicamente, mais atraentes e, para além disso, tinham uma vantagem relativamente aos escravos e às escravas modernos: davam-lhe casa e comida. 

Hoje nem isso.

por André Couto 
em www.delitodeopiniao.blogs.sapo.pt
«Nota RiseUp »
 
INCRÍVEL ! Existem coisas escritas por quem até devia ter a obrigação de ter mais formação que os outros que são realmente de brandar aos céus. Publicitar a precariedade e a exploração laboral como vantajosa para quem é explorado. VERGONHA)

O Expresso publicou um artigo sobre as vantagens de um estágio não remunerado. »
http://tiny.cc/ohjq5w...


Narra a jornalista Maria Martins, num discurso positivo e entusiasmante, tipo televendas, que, entre outros aspectos, um estágio destes torna o estagiários "mais responsável", dá-lhe "melhor imagem" e proporciona-lhe uma experiência que "não tem preço".

Quanto à perversão que isto representa, nem uma palavra. É este o discurso que vai grassando por aí, como cogumelos venenosos no bosque. Por trás de um estágio não remunerado está alguém que, pior do que não ser remunerado, paga para trabalhar e (sobre)vive privado de sustento. Está também um patrão que beneficia de mão de obra pela qual não paga, o que pode, em última análise, dispensar que contrate alguém.

O vangloriar de soluções destas é um retrocesso civilizacional. Uma jornalista, parte de uma das classes mais exploradas nos dias que correm, devia pensar meia dúzia de vezes antes de fazer um texto daquele género.

Os escravos e as escravas, noutros séculos, também tinham vantagens: eram mais vigorosos fisicamente, mais atraentes e, para além disso, tinham uma vantagem relativamente aos escravos e às escravas modernos: davam-lhe casa e comida.

Hoje nem isso.

por André Couto
em
www.delitodeopiniao.blogs.sapo.PT

terça-feira, 29 de outubro de 2013

LOURES 2013 - "O NOSSO COMPROMISSO É COM O POVO E COM A MUDANÇA"- COMUNICADO DA CDU



O NOSSO COMPROMISSO É COM O POVO E COM A MUDANÇA


"Após a vitória nas eleições de 29 de Setembro, a CDU encetou contactos com as forças políticas representadas na Câmara Municipal – PS e PSD – visando a sua participação na gestão da Câmara e procurando soluções que, tendo em conta a situação de maioria relativa, assegurassem o regular funcionamento da autarquia.

O PS entendeu não aceitar a proposta concreta de responsabilidades que lhe foi apresentada pela CDU, apresentando uma contraproposta que entendemos pela nossa parte não poder aceitar. Tratava-se de uma contraproposta que, ao propor a atribuição ao PS de importantes áreas na gestão da Câmara, não corresponderia, a ser aceite, à vontade de mudança expressa pela população de Loures.

De facto, não só os eleitores que deram o seu voto à CDU, mas muitos outros que se abstiveram ou até que votaram noutras forças políticas, exigem essa real mudança e não compreenderiam que fossem atribuídas ao PS elevadas responsabilidades nalgumas das mais importantes áreas do governo do Município.

Tratando-se de encontrar soluções para a estabilidade na gestão da Câmara, foi possível encontrar com o PSD um entendimento que cumpre esse objetivo e não põe em causa a vontade de mudança que a CDU protagoniza neste Município. Este entendimento mantém na responsabilidade direta da CDU as principais responsabilidades da Câmara e dos SMAS e não prejudica em nenhum aspeto nem a aplicação do programa da CDU e das suas opções e prioridades, nem a posição da CDU e da Câmara em relação à política do Governo em geral e em concreto no que diz respeito às autarquias locais e aos interesses do Concelho.

 Nunca abdicaríamos dos nossos princípios e compromissos para obter um entendimento, mas seria irresponsável, tendo em conta a situação do Município, não procurar condições para garantir a aplicação das medidas indispensáveis, arriscando um bloqueio sistemático que comprometeria ainda mais o funcionamento da Câmara e agravaria os problemas que nos foram deixados, com sérios prejuízos para a população.

 Procurámos sempre a participação nos vários órgãos municipais de todas as forças políticas, propondo também na Assembleia Municipal a participação das três forças – CDU, PS e PSD – na respetiva mesa, tendo o PS recusado integrar a mesma no lugar de primeiro-secretário.

O compromisso da CDU é com o povo e com a mudança".



O nosso comentário:

Não pode causar qualquer estranheza que a CDU faça acordos de gestão para garantir estabilidade na nossa Câmara. Todos os partidos o fazem, sem preconceitos, em todo o País. Porque deveria ser diferente em Loures?
Paradoxal seria a CDU celebrar qualquer acordo de gestão com o PS-Loures. Não são necessárias grandes elucubrações aos resultados eleitorais para se perceber que os munícipes rejeitaram de forma esmagadora este PS, o de Loures. Atrevemo-nos a admitir que os eleitores se sentiriam defraudados se a CDU fizesse qualquer acordo com as pessoas que geriram os destinos de Loures nos últimos quatro anos. Essas pessoas têm nomes e, mais do que o PS, foram elas que foram derrotadas. Se nos nossos costumes políticos prevalecesse a decência, essas pessoas nem sequer teriam aceitado tomar posse do cargo de vereadores.
Fiquemos por aqui ...

Loures County Stories
Zeferino Dias
´
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/cdu-coliga-se-psd-na-camara-loures


 

LOURES 2013 - CDU COLIGA-SE COM PSD NA CÂMARA DE LOURES

CDU coliga-se com PSD na Câmara de Loures


Comunistas garantem que acordo “não prejudica” a posição do partido “em relação à política do Governo em geral”.

                                            

A CDU de Loures assumiu nesta segunda-feira a existência de “um acordo de princípio” de governação com o PSD que passa pela entrega de pelouros aos sociais-democratas, com o objectivo de “encontrar soluções para a estabilidade na gestão da câmara” agora presidida pelo comunista Bernardino Soares. Em comunicado, a CDU acrescenta que tal “não prejudica” a aplicação do seu programa, opções e prioridades, “nem a posição da CDU em relação à política do Governo em geral”.
O social-democrata Fernando Costa, eleito vereador pela coligaçãoLoures Sabe Mudar, disse nesta segunda-feira que vai assumir o pelouro dos Serviços Jurídicos no executivo municipal liderado pelo antigo líder parlamentar do PCP, depois de ter sido estabelecido “um acordo de princípio” com a CDU. Nas eleições de 29 de Setembro, a coligação PCP-PEV elegeu cinco vereadores, o PS quatro e o PSD dois.

“Há muitos pontos em comum nos dois programas autárquicos e isso facilitou o acordo. Tanto a coligação Loures Sabe Mudar como a CDU defendem uma gestão mais rigorosa e uma redução dos impostos municipais”, justificou o vereador Fernando Costa. O rigor nas contas municipais foi, de resto, a prioridade apontada pelo novo presidente da câmara, Bernardino Soares, no discurso de tomada de posse, na semana passada.

Da coligação Loures Sabe Mudar, que integrou, além do PSD, o Movimento Partido da Terra e o Partido Popular Monárquico, irá também assumir pelouros o vereador social-democrata Nuno Botelho, que ficará com as áreas do Turismo, Polícia Municipal, coordenação do Contrato Local de Segurança e serviços do veterinário municipal.

PS sondado
Em comunicado divulgado ao final da tarde desta segunda-feira, a CDU de Loures sublinha que também encetou contactos com o PS, “visando a sua participação na gestão da câmara e procurando soluções que, tendo em conta a situação de maioria relativa, assegurassem o regular funcionamento da autarquia”. Segundo a coligação, o partido recusou “a proposta concreta de responsabilidades que lhe foi apresentada” e apresentou uma outra, que Bernardino Soares não aceitou.

“Tratava-se de uma contraproposta que, ao propor a atribuição ao PS de importantes áreas na gestão da câmara, não corresponderia, a ser aceite, à vontade de mudança expressa pela população de Loures”, continua a CDU, defendendo que os eleitores do concelho “não compreenderiam que fossem atribuídas ao PS elevadas responsabilidades nalgumas das mais importantes áreas do governo do município”.  

Já o PS, que elegeu quatro vereadores, alega que a proposta feita pela CDU “não respeitava” o partido. Ricardo Leão, presidente da concelhia do PS e vereador da Câmara de Loures, disse ao PÚBLICO que aquilo que Bernardino Soares ofereceu ao partido foi a entrega de um pelouro (o da coordenação do Contrato Local de Segurança) a apenas um vereador, que ficaria na autarquia a meio-tempo.

Ricardo Leão acrescenta que a contraproposta do seu partido foi feita “em analogia” com o que ocorreu em 2001, quando o PS conquistou a presidência da autarquia à CDU, e lhe entregou áreas como a habitação e o ambiente, além de lugares na administração dos serviços municipalizados de Loures e da Parque Expo.

O presidente da concelhia de Loures do PS critica duramente Bernardino Soares pela entrega de pelouros ao PSD. “É um candidato de âmbito nacional que durante 18 anos teve na Assembleia da República um discurso político intenso contra a política de direita. Esta colagem ao PSD não lhe fica bem”, acusa. “É no mínimo muito estranho e demonstra uma falta de coerência tremenda”, conclui Ricardo Leão.

No comunicado emitido esta segunda-feira, a CDU de Loures desvaloriza as críticas dos socialistas. O entendimento com o PSD, diz a coligação, “mantém na responsabilidade directa da CDU as principais responsabilidades da câmara e dos SMAS [Serviços Municipalizados de Água e Saneamento] e não prejudica em nenhum aspecto nem a aplicação do programa da CDU e das suas opções e prioridades, nem a posição da CDU e da câmara em relação à política do Governo em geral e, em concreto, no que diz respeito às autarquias locais e aos interesses do concelho”.

Bernardino Soares, antigo líder de bancada do PCP no parlamento, venceu as eleições autárquicas de Setembro em Loures com 34,74% dos votos, longe, portanto, da maioria absoluta.


Notícia actualizada às 20h13: acrescenta posição da CDU em comunicado enviado ao final da tarde.

ANTÓNIO COSTA E PCP EM BRAÇO DE FERRO SOBRE A ÁREA METROPOLITANA

                             


Os dirigentes dos órgãos metropolitanos de Lisboa serão esta terça-feira eleitos, sem entendimento à vista entre socialistas e comunistas.

 A reunião foi suspensa.

--------------------------------------------------------------------------------------------------


Poderá ler o artigo no seu formato original em:

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A GRANDE ZARAGATA


Opinião

A grande zaragata 
 


Vasco Pulido Valente 

Consta por aí, e não consta mal, que o PS está dividido em facções que se odeiam e são, à superfície, irreconciliáveis.

A primeira, e a mais radical, é "capitaneada" por Mário Soares; a segunda, próxima de Soares, é capitaneada pelo inefável José Sócrates; a terceira, que até agora evitou qualquer definição ou limite, é capitaneada por António Costa; e a última, que representa oficialmente o partido, é capitaneada por Seguro, um secretário-geral que não passa de uma espécie de trégua de espécie humana, condenada a desaparecer quando as coisas se tornarem sérias. Esta guerra civil larvar tem a originalidade de se manifestar por actos de protocolo. Seguro, por exemplo, não foi à posse de Costa, nem ao lançamento do "livro" de Sócrates (não se sabe se voluntariamente ou porque não o convidaram). Costa foi ao lançamento do dito "livro" e à posse de Sócrates, mas com a máxima brevidade e discrição; entrou e saiu do "lançamento", para se fazer fotografar com Rui Moreira e Rui Rio. E Mário Soares não perdeu uma oportunidade para mostrar a sua superioridade às tropas. Mas, para lá deste minuete, existe a realidade das coisas: a força de cada um. A força de Mário Soares vem da extraordinária contundência das declarações que regularmente faz na televisão e nos jornais, e que, de certa maneira, consolam e confortam uma grande parte do público. A força de José Sócrates, diminuída pelo ódio geral do país, não é verdadeiramente política, é uma provocação ao escândalo. A força de Seguro não excede a autoridade formal dos cargos, que por acaso ocupa. Só a força de Costa assenta numa base sólida: a maioria em Lisboa e o entendimento com Rui Rio.

Quando estes quatro beneméritos se pegarem à pancada, Costa parece o homem destinado a tomar conta de tudo. Sucede que a prática não segue necessariamente a teoria. Uma coligação entre Seguro, Sócrates e Soares para o parar e reduzir não seria nenhuma brincadeira; e nas cavernas do PS há muito troglodita a quem a barafunda convém. O mal deste trio é que, para além da sua intransigência e vociferação, não oferece nada ao partido ou a Portugal, que, peço licença para lembrar, ainda aqui anda. O Governo não produziu o seu famigerado plano, nem sequer o "guião" dele, tantas vezes prometido e louvado. Mas, pior do que isso, ao PS, coitado, falta absolutamente o plano e o guião. Hoje, o PS não é mais do que uma grande zaragata sem sentido ou propósito, que, de quando em quando, atrapalha Coelho e Portas, mas que a maioria do país não quer a mandar nele.  


 

Público 2013.10.27

GOVERNO PROVOCA CONFLITO COM O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL PARA FORÇAR DEMISSÃO




Freitas do Amaral acusa Governo de forçar demissão ao propor leis inconstitucionais.


O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral considerou hoje que o Governo está a criar propositadamente as condições para que o Tribunal Constitucional chumbe a proposta do Orçamento do Estado para 2014 e possa, depois, demitir-se.
Em declarações à agência Lusa, Diogo Freitas do Amaral disse que o Governo está "a agravar aceleradamente a tomada destas medidas [do Orçamento do Estado], que são todas inconstitucionais, para criar um conflito grave com o Tribunal Constitucional e, a partir daí, poder demitir-se e exigir eleições".
O antigo político, que sublinha a condição de "cidadão reformado", criticou fortemente a proposta de nova tabela salarial para os funcionários públicos, afirmando que ela é "discriminatória, injusta e ofensiva, por impor maiores reduções de salários ao funcionalismo intermédio do que aos escalões superiores".
Numa declaração à Lusa em que apenas aceitou responder a uma pergunta, Freitas argumentou que a lei "não é proporcional nem progressiva, é regressiva" e acrescentou que "visa aprofundar a destruição das classes médias".
Ora, prosseguiu, "sem classes médias fortes e com boas perspectivas de futuro, é a própria democracia que fica em perigo".
Para o antigo governante, "é altura de dizer basta e

MOSCAVIDE E PORTELA - LEIAM OS " COMUNICADOS " E TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES!



-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 
 Movimento pela Freguesia de Moscavide

 

 

NOTA PÚBLICA DO MFM - N.º4 2013

O Edital nº 3 da Junta de Freguesia, relativamente à periodicidade das reuniões de Junta, vem demonstrar mais uma vez aquilo que temos vindo a identificar, que existe por parte desta nova gestão autárquica uma demonstração clara de descriminação para com a população da Vila de Moscavide.

Neste caso as reuniões públicas são realizadas na Portela, sabendo que a pop...
ulação de Moscavide é maioritariamente idosa, o que irá dificultar a presença dos mesmos e com isso os afastar de uma política local que se quer de proximidade. O histórico em Moscavide é de uma grande participação por parte da população, na grande maioria pessoas com alguma idade e até mesmo com problemas de mobilidade.

Aquilo que o MFM defende é que as mesmas sejam alternadamente realizadas entre Moscavide e Portela. Assim, dando possibilidade às respectivas populações destas localidades, participarem na vida da Freguesia, de uma forma equitativa.

MOSCAVIDE EXISTE!


O Movimento pela Freguesia de Moscavide



OS TRÊS VÃO ACABAR JUNTOS

António Costa

Os três vão acabar juntos

28/10/13  António Costa /Económico


As discussões políticas em Portugal parecem ter regressado a Maio de 2011 e ao pedido de ajuda externa feito, então, pelo Governo socialista. Não deixa de ser irónico o debate em torno de uma grande coligação quando o País está a chegar ao fim do programa de ajustamento, ou nem por isso. Este debate - que a realidade vai tornar tão inevitável como o acordo com a ‘troika' - é também a evidência do que ficou por fazer ou, simplesmente, foi mal feito por este Governo.

O acesso a um programa cautelar - coisa bem diferente da necessidade de um segundo resgate - é o melhor que nos pode suceder. A ideia de que Portugal poderia aspirar a passar do inferno para o céu, sem passar pelo purgatório, era improvável, apesar do discurso optimista de Vítor Gaspar e Passos Coelho. E cedo se percebeu que isso não seria possível, quando até a Irlanda, que tem indicadores claramente mais positivos do que os portugueses, como as ‘yields' da dívida pública, está em negociações com a ‘troika' para o programa cautelar. Qual é, então, o problema? Não, não é o regresso de José Sócrates, nem o convite que terá feito a Pedro Passos Coelho para integrar o Governo. Deveríamos ter seguido, então, o modelo irlandês, não o fizemos. O que está em causa, agora, é a necessidade de um acordo político com o PS para passarmos à fase seguinte, ao cautelar.

É por causa da necessidade de uma grande coligação que António Pires de Lima foi chamado à pedra, e contrariado de forma ostensiva por um colega de Governo. Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e António José Seguro sabem-no, a ‘troika' vai exigir mais condições, um eufemismo para novas medidas de austeridade que garantam a existência de saldos orçamentais primários, isto é, sem juros, excedentários. E não haverá condições sociais e políticas para tal sem uma grande coligação. Confesso, já fui adversário de blocos centrais, que têm o risco de anular a política, mas hoje, com as restrições financeiras que o País vive, não vejo alternativa realista. Se até a Alemanha vai ser governada por uma grande coligação...

É evidente, uma grande coligação vai exigir eleições. António José Seguro fez um discurso muito importante na passada semana, na conferência do Económico e da Antena 1. E não teve a atenção que merecia, talvez porque, nessa intervenção, o líder do PS não cedeu à retórica política que tem marcado, em tantas ocasiões, os seus discursos. Entreabriu uma porta, falta o resto. Que Passos Coelho vai tentar adiar o mais possível.

A dívida pública portuguesa não é sustentável, vamos acabar a negociar um qualquer modelo de reestruturação, sem este nome, claro. E não poderemos fazê-lo de forma isolada, seria um suicídio colectivo. Vamos fazê-lo mais tarde. Mas, no entretanto, é preciso dar passos, é preciso aguentar. Os enormes aumentos de impostos de 2013 sufocaram uma economia privada que já estava no limite das suas forças, já tinha feito um ajustamento à custa de uma recessão, e o défice resistiu. Entre os enormes aumentos de impostos e os enormes cortes de despesa, sobra uma sustentabilidade social difícil de manter, ainda mais do que a dívida pública que continua a subir.

Vamos voltar a 2011, os papéis inverteram-se, agora o Governo é do PSD/CDS e PS está do outro lado. Vão acabar os três juntos

NET EMPREGOS - ALERTA!


                           ALERTA!!! FRAUDE!!! IMPORTANTE!!! 

A empresa "SAVEURMADEIRA EXPORT LDA" está legalmente registada em Portugal, mas não passa de uma fachada para uma rede mafiosa do leste, com o objectivo de fazer lavagem de dinheiro roubado de contas bancárias através da internet.

Esta empresa está a recrutar "Manager - Supervisor" cujo trabalho será receber na sua conta o dinheiro roubado, retirar uma comissão para si e depois enviar o restante valor para o estrangeiro através dos sistemas de envio de dinheiro como a "WesternUnion" ou a "MoneyGram".

A empresa tem um site na internet "http://www.saveurmadeira.com/" e um contacto telefónico "+351308801004". 

Ao candidatar-se as pessoas estão a receber um email escrito num português cheio de erros, que lhes pede para preencherem um formulário onde são obrigados a preencher o NIB (ver email aqui: http://saveurmadeira.pen.io/).

O objectivo é saber se os candidatos trabalham com os bancos portugueses através dos quais é mais fácil fazer a transferência do dinheiro roubado, nomeadamente a Caixa Geral e o Montepio. Ignorem todos os emails e tentativas de contacto desta empresa e nunca aceitem receber dinheiro nas vossas contas, pois poderão estar a ser cúmplices de um roubo ou de uma fraude. Esta situação já foi denunciada à policia.

Ajudem a divulgar este Alerta. Obrigado a tod@s.

ALERTA!!! FRAUDE!!! IMPORTANTE!!!

A empresa "SAVEURMADEIRA EXPORT LDA" está legalmente registada em Portugal, mas não passa de uma fachada para uma rede mafiosa do leste, com o objectivo de fazer lavagem de dinheiro roubado de contas bancárias através da internet.

Esta empresa está a recrutar "Manager - Supervisor" cujo trabalho será receber na sua conta o dinheiro roubado, retirar uma comissão... para si e depois enviar o restante valor para o estrangeiro através dos sistemas de envio de dinheiro como a "WesternUnion" ou a "MoneyGram".

A empresa tem um site na internet "http://www.saveurmadeira.com/" e um contacto telefónico "+351308801004".

Ao candidatar-se as pessoas estão a receber um email escrito num português cheio de erros, que lhes pede para preencherem um formulário onde são obrigados a preencher o NIB (ver email aqui: http://saveurmadeira.pen.io/).

O objectivo é saber se os candidatos trabalham com os bancos portugueses através dos quais é mais fácil fazer a transferência do dinheiro roubado, nomeadamente a Caixa Geral e o Montepio. Ignorem todos os emails e tentativas de contacto desta empresa e nunca aceitem receber dinheiro nas vossas contas, pois poderão estar a ser cúmplices de um roubo ou de uma fraude. Esta situação já foi denunciada à policia.

Ajudem a divulgar este Alerta. Obrigado a todos

domingo, 27 de outubro de 2013

LUÍS CÍLIA CANTA " MEU PAÍS"



1964 - Luís Cília canta o poema de Daniel Filipe "Meu país" (hoje, de ladrões de estradas)
                              

sábado, 26 de outubro de 2013

"A INÚTIL" (PROFESSORA) ESCREVEU ASSIM A MIGUEL SOUSA TAVARES



Sobre os Professores

É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou 'os  professores os inúteis mais bem pagos deste país.' Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do país.'? Não me parece... Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos 'inúteis' a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do país'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados.
Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do  (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do país', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, Sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.

Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe:  'Perdoai-lhes, Senhor Porque eles sabem o que fazem.'


Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

CARTA ABERTA PARA JUDITE DE SOUSA - PROGRAMA OLHOS NOS OLHOS

16.10.13

Carta Aberta


 
 


 
 
 
 
OLHOS NOS OLHOS 
 
Exma. Sra. Dra. Judite de Sousa 

O programa Olhos nos Olhos que foi hoje para o ar (14.10.2013) ficará nos anais da televisão como um caso de estudo, pelos piores motivos. 

Foi o mais execrável exercício de demagogia a que me foi dado assistir em toda a minha vida num programa de televisão. O que os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo disseram acerca das pensões de aposentação, de reforma e de sobrevivência é um embuste completo, como demonstrarei mais abaixo. É também um exemplo de uma das dez estratégias clássicas de manipulação do público através da comunicação social, aquela que se traduz no preceito: «dirigir-se ao espectador como se fosse uma criança de menos de 12 anos ou um débil mental». 

Mas nada do que os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo dizem ou possam dizer pode apagar os factos. Os factos são teimosos. Ficam aqui apenas os essenciais, para não me alargar muito: 

1. OS FUNDOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL da Segurança Social (Caixa Nacional de Aposentações e Caixa Geral de Aposentações), com os quais são pagas essas pensões, NÃO PERTENCEM AO ESTADO (muito menos a este governo, ou qualquer outro). Não há neles um cêntimo que tenha vindo dos impostos cobrados aos portugueses (incluindo os aposentados e reformados). PERTENCEM EXCLUSIVAMENTE AOS SEUS ACTUAIS E FUTUROS BENEFICIÁRIOS, QUE PARA ELES CONTRIBUIRAM E CONTRIBUEM DESCONTANDO 11% dos seus salários mensais, acrescidos de mais 23,75% (também extraídos dos seus salários) que as entidades empregadoras, privadas e públicas, deveriam igualmente descontar para esse efeito (o que nem sempre fazem [voltarei a este assunto no ponto 3]). 

2. As quotizações devidas pelos trabalhadores e empregadores a este sistema previdencial, bem como os benefícios (pensões de aposentação, de reforma e sobrevivência; subsídios de desemprego, de doença e de parentalidade; formação profissional) que este sistema deve proporcionar, são fixadas por cálculos actuariais, uma técnica matemática de que o sr. Medina Carreira manifestamente não domina e de que o sr. Henrique Raposo manifestamente nunca ouviu falar. Esses cálculos são feitos tendo em conta, entre outras variáveis, o custo das despesas do sistema (as que foram acima discriminadas) cujo montante depende, por sua vez — no caso específico das pensões de aposentação, de reforma e de sobrevivência — do salário ou vencimento da pessoa e do número de anos da sua carreira contributiva. O montante destas pensões é uma percentagem ponderada desses dois factores, resultante desses cálculos actuariais. 

3. Este sistema em nada contribuiu para o défice das contas públicas e para a dívida pública. Este sistema não é insustentável (como disse repetidamente o senhor Raposo). Este sistema esteve perfeitamente equilibrado e saudável até 2011 (ano de entrada em funções do actual governo), e exibia grandes excedentes, apesar das dívidas das entidades empregadoras, tanto privadas como públicas (estimadas então em 21.940 milhões de euros) devido à evasão e à fraude contributiva por parte destas últimas. Em 2011, último ano de resultados fechados e auditados pelo Tribunal de Contas, o sistema previdencial teve como receitas das quotizações 13.757 milhões de euros, pagou de pensões 10.829 milhões de euros e 1.566 milhões de euros de subsídios de desemprego, doença e parentalidade, mais algumas despesas de outra índole. O saldo é pois largamente positivo. Mas o sistema previdencial dispõe também de reservas, para fazer face a imprevistos, que são geridas, em regime de capitalização, por um Instituto especializado (o Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social) do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Ora, este fundo detinha, no mesmo ano de 2011, 8.872,4 milhões de euros de activos, 5,2% do PIB da altura. 

4. É o aumento brutal do desemprego (952 mil pessoas no 1º trimestre de 2013), a emigração de centenas de milhares de jovens e menos jovens, causados ambos pela política recessiva e de empobrecimento deste governo, e a quebra brutal de receitas e o aumento concomitante das despesas com o subsídio de desemprego que estes factos acarretam, que está a pôr em perigo o regime previdencial e a Segurança Social como um todo, não a demografia, como diz o sr. Henrique Raposo. 

5. Em suma, é falso que o sistema previdencial seja um sistema de repartição, como gosta de repetir o sr.Medina Carreira. É, isso sim, um sistema misto, de repartição e capitalização. Está escrito com todas as letras na lei de bases da segurança social (artigo 8º, alínea C, da lei nº4/2007), que, pelos vistos, nem ele nem o senhor Henrique Raposo se deram ao trabalho de ler. É falso que o sistema previdencial faça parte das “despesas sociais” do Estado (educação e saúde) que ele (e o governo actual) gostariam de cortar em 20 mil milhões de euros. Mais especificamente, é falso que os seus benefícios façam parte das “prestações sociais” que o senhor Medina Carreira gostaria de cortar. Ele confunde deliberadamente dois subsistemas da Segurança Social: o sistema previdencial (contributivo) e o sistema de protecção da cidadania (não contributivo). É este último sistema (financiado pelos impostos que todos pagamos) que paga o rendimento social de inserção, as pensões sociais (não confundir com as pensões de aposentação e de reforma, as quais são pagas pelo sistema previdencial e nada pesam no Orçamento de Estado), o complemento solidário de idosos (não confundir com as pensões de sobrevivência, as quais são pagas pelo sistema previdencial e nada pesam no Orçamento do Estado), o abono de família, os apoios às crianças e adultos deficientes e os apoios às IPSS. 

6. É falso que o sr. Henrique Raposo (HR) esteja, como ele diz, condenado a não receber a pensão a que terá direito quando chegar a sua vez, “porque a população está a envelhecer”, “porque o sistema previdencial actual não pode pagar as pensões de aposentação futuras”, “porque o sistema não é de capitalização”. O 1º ministro polaco, disse, explicou-lhe como mudar a segurança social portuguesa para os moldes que ele, HR, deseja para Portugal. Mas HR esqueceu-se de dizer em que consiste essa mirífica “reforma”: transferir os fundos de pensões privados para dentro do Estado polaco e com eles compensar um défice das contas públicas, reduzindo nomeadamente em 1/5 a enorme dívida pública polaca. A mesma receita que Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas aplicaram em Portugal aos fundos de pensões privados dos empregados bancários! (para mais pormenores sobre o desastre financeiro que se anuncia decorrente desta aventura polaca, ver o artigo de Sujata Rao da Reuters, «With pension reform, Poland joins the sell-off», 6 de Setembro de 2013, http://blogs.reuters.com/ globalinvesting/2013/09/06/with-pension-reform-poland-joins-the-sell-off-more-to-come/; e o artigo de Monika Scislowska da Associated Press, «Poland debates controversial pension reform», 11 de Outubro de 2013, http://news.yahoo.com/poland-debates-controversial-pension-reform-092206966--finance.html). HR desconhece o que aconteceu às falências dos sistemas de capitalização individual em países como, por exemplo, o Reino Unido. HR desconhece também as perdas de 10, 20, 30, 40 por cento, e até superiores, que os aforradores americanos tiveram com os fundos privados que geriam as suas pensões, decorrentes da derrocada do banco de investimento Lehman Brothers e da crise financeira subsequente — como relembrou, num livro recente, um jornalista insuspeito de qualquer simpatia pelos aposentados e reformados. O único inimigo de HR é a sua ignorância crassa sobre a segurança social. 

Os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo, são, em minha opinião, casos perdidos. Estão intoxicados pelas suas próprias lucubrações, irmanados no mesmo ódio ao Tribunal Constitucional («onde não há dinheiro, não há Constituição, não há Tribunal Constitucional, nem coisíssima nenhuma» disse Medina Carreira no programa «Olhos nos Olhos» de 9 de Setembro último;« O Tribunal Constitucional quer arrastar-nos para fora do euro» disse Henrique Raposo no programa de 14 de Outubro de 2013). E logo o Tribunal Constitucional ! — última e frágil antepara institucional aos desmandos e razias de um governo que não olha a meios para atingir os seus fins. Estes dois homens tinham forçosamente que se encontrar um dia, pois estão bem um para o outro: um diz “corta!”, o outro “esfola!”. Pena foi que o encontro fosse no seu programa, e não o café da esquina. 

Mas a senhora é jornalista. Não pode informar sem estar informada. Tem a obrigação de conhecer, pelo menos, os factos (pontos 1-6) que acima mencionei. Tem a obrigação de estudar os assuntos de que quer tratar «Olhos nos Olhos», de não se deixar manipular pelas declarações dos seus interlocutores. Se não se sentir capaz disso, se achar que o dr. Medina Carreira é demasiado matreiro para que lhe possa fazer frente, então demita-se do programa que anima, no seu próprio interesse. Não caia no descrédito do público que a vê, não arruíne a sua reputação. Ainda vai a tempo, mas o tempo escasseia. 

José Manuel Catarino Soares 
(Professor aposentado) 
Lisboa. 15-10-2013

JOSÉ AFONSO - COMO SE FAZ UM CANALHA

MAIORIA " CHUMBA " INGLÊS NO 1 º CICLO

 
25 de Outubro, 2013
Os grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP rejeitaram hoje a proposta do PS no sentido de introduzir o Inglês como disciplina obrigatória no 1.º ciclo do ensino básico, no plenário da Assembleia da República.
O projecto de resolução socialista previa ainda "condições para a aprendizagem de uma segunda língua estrangeira nas actividades de enriquecimento curricular.
O PCP propôs a "salvaguarda do Instituto de Investigação Científica Tropical e de todos os postos de trabalho", mas a maioria "chumbou" o projecto de resolução, apesar dos votos a favor de PS, BE e PEV.
Sociais democratas e democratas cristãos rejeitaram ainda a intenção do PCP de classificar as salinas de Rio Maior como imóvel de interesse nacional.
Lusa/SOL

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

"QUE SE LIXE A TROIKA" - MANIFESTAÇÃO NACIONAL , SÁBADO 26 DE OUTUBRO



QUE SE LIXE A TROIKA!

Somam-se as adesões e apelos à participação na manifestação nacional de sábado


A convocatória da manifestação “Que se lixe a troika! Não há becos sem saída!”, que terá lugar em pelo menos 13 cidades portuguesas, foi subscrita por mais de 900 pessoas de todos os setores da sociedade portuguesa. Várias personalidades públicas de diferentes áreas, da política à cultura, apelam à participação na iniciativa agendada para o próximo sábado.

No blogue do movimento “Que Se lixe a Troika!”, e na sua página de facebook, têm vindo a ser divulgados inúmeros vídeos de apoio à manifestação agendada para o próximo sábado de várias personalidades públicas de diferentes áreas, da política à cultura. Os músicos Lúcia Moniz, JP Simões e João San Payo (Peste & Sida) e o grupo musical Rat Swinger, bem como o ator Luís Aleluia e a atriz Oceana Basílio, o escritor Mário de Carvalho, o cineasta e encenador Jorge Silva Melo, o fundador das Produções Fictícias, Nuno Artur Silva, o realizador e argumentista Vicente Alves do Ó, o encenador Jorge Castro Guedes, o argumentista e escritor Tiago R. Santos e o comentador político Daniel Oliveira figuram entre aqueles que quiserem deixar o seu contributo para a mobilização da manifestação “Que Se lixe a Troika! Não há becos sem saída”.

Aos vídeos somam-se ainda os inúmeros depoimentos escritos dos subscritores da manifestação, entre os quais o de Sérgio Godinho.

Associação de Estudantes do ISCTE (AEISCTE-IUL) também já anunciou que “irá manifestar-se no próximo dia 26 de outubro, pelo direito à educação democrática, gratuita e de qualidade”.

Em comunicado, a AEISCTE-IUL sublinha que “os cortes na educação, para os estudantes, significam a exclusão cada vez maior do ensino superior, significa uma escola de elites em que só pode estudar quem tem rendimentos para o suportar” e acusa o governo e a troika de querer “destruir o ensino superior como o conhecemos hoje e a Constituição que o defende”.

A convocatória da manifestação já reunia, a 21 de outubro, mais de 900 subscrições de pessoas de todos os setores da sociedade portuguesa.

O protesto, que, em Lisboa, sairá da Praça do Rossio a partir das 15h e seguirá até à Assembleia da República (ver percurso), já foi convocado para 13 cidades portuguesas.

Pode consultar aqui a lista de manifestações:
Aveiro, Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, 15h. Ver evento no facebook.
Braga, Avenida Central, 15h. Ver 
evento no facebook.
Coimbra, Pç da República, 15h. Ver 
evento no facebook.
Faro, 15h. Ver 
evento no facebook.
Funchal, Pç do Município, 15h. Ver 
evento no facebook.
Horta/Faial, Pç da República, 11h. Ver 
evento no facebook.
Lisboa, Rossio - Assembleia da República (São Bento), 15h. Ver 
evento no facebook.
Portimão, Lg da Câmara Municipal, 15h. Ver 
evento no facebook.
Porto, Batalha – Aliados, 15h. Ver 
evento no facebook.
Setúbal, 15h. Ver 
evento no facebook.
Viana do Castelo, Pç da República, 15h. Ver 
evento no facebook.
Vila Real, Pç do Município, 16h. Ver 
evento no facebook.
Viseu, Rua da Paz, 15h30. Ver 
evento no facebook.

O SAL E O MICROONDAS

Conselhos de saúde do Prof. Carvalho Neto, médico homeopata na Clínica My Doctor.

JUNTA DE FREGUESIA DE MOSCAVIDE E PORTELA - VÁ AO TEATRO - CONVITE À POPULAÇÃO

JUNTA DE FREGUESIA DE MOSCAVIDE E PORTELA - EDITAIS Nºs 1/2013 - 2/2013 - 4/2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DEPUTADA ISABEL MOREIRA CHAMA "TRAIDOR" AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA




                                   

Deputada critica Cavaco por não enviar Orçamento para o TC

As declarações do Presidente da República sobre o Orçamento do Estado no Panamá chocaram a deputada socialista Isabel Moreira, que acusa Cavaco Silva de ser um "traidor".

O chefe do Estado sugeriu que pode não pedir a fiscalização preventiva do Orçamento para o próximo ano por os "custos da não entrada em vigor do Orçamento do Estado" no dia 1 de Janeiro poderem ser "muito, muito, muito maiores" do que esperar algum tempo para saber se alguma norma é ou não declarada inconstitucional. Ou seja, Cavaco admite optar pela fiscalização sucessiva, precisamente o que fez com o OE do ano passado.

A constitucionalista escreveu ontem no Facebook um texto a criticar a atitude de Cavaco. "É este nada, zero, inútil, traidor, autocentrado, calculista, contraditório, que é, formalmente, Presidente da República."

Ao i, Isabel Moreira explica que o Presidente da República está a trair "o juramento que fez de defender a Constituição". "Quando o Presidente, sentado ao lado do primeiro-ministro, dá a entender que o Orçamento pode ter inconstitucionalidades mas vai promulgá-lo, o que está a dizer é 'juro defender o Orçamento do Estado apesar das inconstitucionalidades'."

"É um Presidente decorativo", remata Isabel Moreira, que foi uma das deputadas que mais se bateram para que o OE para 2012 fosse avaliado pelo Constitucional, mesmo com a direcção do PS a contrariar a decisão dos deputados socialistas.

LOURES 2013 - DISCURSO DA TOMADA DE POSSE DE BERNARDINO SOARES-PRESIDENTE DA C.M.LOURES

GABINETE DE PAULO PORTAS TEM 8 MOTORISTAS E O DE PASSOS COELHO TEM 11


(IM)PARCIAL partilhou Governo Sombra
Gabinete de Paulo Portas tem 8 motorista e o de Passos Coelho tem 11

Austeridade? Cortes na despesa? O Gabinete de Paulo Portas foi criado este ano, com sede nas Laranjeiras, em Lisboa. Mas conseguiu ter 8 motoristas para 18 funcionários.

Entre Secretários Pessoais, Assistentes Especialistas, Chefes e Adjuntos, no total, excluindo os motoristas, o Gabinete de Paulo Portas, Vice-Primeiro Ministro, tem 18 funcionários. ...

Os motoristas são 8: 4 para o Gabinete do Vice-Primeiro Ministro, 2 para o Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Vice-Primeiro Ministro e 2 par ao Gabinete da Subsecretária de Estado Adjunta do Vice-Primeiro Ministro.

Dos 8 motoristas, todos recebem mais de 1800EUR sem descontos. Contas feitas, os motoristas do Gabinete de Paulo Portas custam às contas do estado 178.046,88EUR.

O Tugaleaks tentou obter explicações sobre outros gastos deste Gabinete mas o único Assessor de Imprensa sugeriu-nos contacto no final deste mês devido à grande afluência de trabalho proveniente do OE2013.

Já o Gabinete de Passos Coelho tem 11 motoristas. O total de funcionários, excluindo os motoristas, é de 51, ou seja, um rácio mais equilibrado entre funcionários e motoristas do que o Gabinete de Paulo Portas.
Por mês, o Gabinete do Primeiro Ministro gasta 20.513,58EUR em motoristas, sendo a soma anual de 246.162,96EUR.

Os políticos deviam andar de transportes públicos?

Esta é uma pergunta controversa, feita ontem na página de Facebook do Movimento Cívico Tugaleaks.

Um dos comentários adientava que Francisco Louçã (BE) vai de autocarro para a AR, enquanto outros comentários dizia que “feitas as contas são menos 19 pessoas no desemprego”.

Outros diziam que “claro que deviam andar de transportes públicos, pelo menos para darem o exemplo aos seus concidadãos e terem um vislumbre de como estão as pessoas “anónimas” que pretendem representa”

Feitas as contas, o Primeiro Ministro e o Vice Primeiro Ministro têm no total despesas em motoristas e apenas com pessoal de 424.209,84EUR.

Caso queira consultar os gastos com pessoal dos outros ministérios, pode consulta-los na página do Governo:
http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/nomeacoes.aspx

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SEQUESTRADOS POR UMA GERAÇÃO DE LADRÕES


LOURES 2013 - BERNARDINO PROMETE GESTÃO" RIGOROSA “ DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES

Bernardino Soares promete gestão “rigorosa” da Câmara de Loures


Ex-deputado comunista vai lutar contra a privatização dos Serviços Municipais de Água e Saneamento e pela beneficiação do Hospital Beatriz Ângelo.

Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, assistiu à tomada de posse de Bernardino Soares Miguel Manso

 
Deixar o município numa "situação financeira regular” e protagonizar uma gestão de "maior proximidade com a população" foram algumas das apostas assumidas nesta terça-feira à noite pelo ex-deputado comunista Bernardino Soares, no discurso da sua tomada de posse como presidente da Câmara de Loures.

Após 12 anos de gestão autárquica socialista em Loures, a CDU reconquistou a câmara de um concelho que tinha sido sempre comunista até 2001. Com 34,74% dos votos, Bernardino Soares foi eleito presidente da câmara nas autárquicas de 29 de Setembro e fez ontem o seu primeiro discurso nessa qualidade, na cerimónia de tomada de posse que decorreu no pavilhão Paz e Amizade.

“Fomos sérios nas propostas e seremos agora cumpridores na gestão”, afirmou o novo autarca, destacando a importância de "gerir bem os recursos e aplicá-los de forma correcta”, comunicando sempre com a população, “para explicar o que se faz ou o que não se faz”.
Bernardino Soares prometeu avançar com uma auditoria às contas do município, para se avaliarem todos os “gastos supérfluos” que, em seu entender, foram feitos no município. Prometeu ainda uma gestão “rigorosa” dos recursos municipais, “sem luxos, esbanjamentos ou desperdícios”.

O novo presidente da câmara apresentou também como prioridades do seu mandato “a manutenção da gestão pública dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS)” de Loures, que estão em risco de serem privatizados, “o melhoramento das condições do Hospital Beatriz Ângelo”, o "amortecimento" do impacto sobre os munícipes do aumento do Imposto Municipal sobre Imóveis e a “redução a factura da água”.

Jerónimo de Sousa, o secretário-geral do PCP, esteve presente na cerimónia e declarou à Lusa que o “sentimento de mudança” que considera perceptível no concelho de Loures “vai muito além da votação da CDU”. E defendeu que o novo executivo está "bem posicionado para conseguir corresponder a essas aspirações”.

Em Loures, das últimas eleições autárquicas resultou um executivo com cinco mandatos para a CDU, quatro para o PS e dois para a coligação Loures Sabe Mudar  (PSD/MPT/PPM). Os vereadores também tomaram ontem posse, mas a distribuição de pelouros ainda não foi divulgada. Tomaram ainda posse os elementos da assembleia municipal - cuja presidente, a eleger na primeira sessão deste órgão, quinta-feira, deverá ser Fernanda Santos, da CDU - e das juntas de freguesia do concelho.